POLICIA PRENDE OS AGRESSORES DO CONGOLÊS NO RIO IMAGENS DO ESPANCAMENTO GERAM REVOLTA NA INTERNET

Sul Fluminense
1 de fev. de 2022
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Imagens mostram três homens agredindo Moïse Mugenyi Kabagambe com socos, chutes e até pedaços de pau

A polícia teve acesso ao vídeo da câmera de segurança do quiosque Tropicália, na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, mostra três homens espancando até a morte o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, na noite do dia 24 de janeiro.

As imagens, obtidas e divulgadas pelo jornal GLOBO, flagram os agressores dando socos, chutes e até golpes com pedaços de pau no estrangeiro, nas imagens é possível ver que Moïse Kabamgabe recebeu ao menos 30 pauladas dos agressores.

Momentos depois, com a vítima já desacordada no chão, eles tentam, com a ajuda de outras pessoas, reanimá-la.

A briga começa por volta de 22h25m. Nas imagens, um dos homens pega um pedaço de pau e Moïse, uma cadeira. Eles andam um atrás do outro e o estrangeiro chega a tirar a camisa, até ser surpreendido por outros dois agressores, que o jogam no chão, próximo a uma escada que dá acesso à praia. A partir daí, os três dão início a uma série de agressões contra o congolês.

As imagens mostram ainda que, cerca de dez minutos depois, os agressores chegaram a amarrar as mãos e os pés de Moïse com um fio. Aproximadamente 20 minutos mais tarde, uma mulher se junta ao grupo e dois homens tentam fazer a reanimação do emigrante, com massagens cardíacas. A vítima morava no Brasil desde 2011, quando fugiu de conflitos armados na República Democrática do Congo.

De acordo com o inquérito, o corpo de Moïse foi encontrado por policiais militares do 31º BPM (Recreio) ainda amarrado, no chão, próximo ao Tropicália. Ele prestava serviço pontualmente no local servindo mesas na areia e, segundo parentes, pretendia tentar cobrar pagamentos atrasados quando acabou sendo morto.

A policia prendeu os três envolvidos hoje (01) um dos presos é vendedor de caipirinhas na praia e foi preso em Paciência, também na Zona Oeste. Um segundo homem que afirma ter cometido as agressões que resultaram na morte do congolês se apresentou na 34ª DP (Bangu) e foi levado para a Delegacia de Homicídios do Rio.

O terceiro preso não foi identificado pela polícia até o momento. As prisões temporárias dos três vão ser pedidas hoje à Justiça. Eles devem responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel.

A polícia apreendeu duas armas usadas no crime: uma barra de madeira e um taco de beisebol, que tinha sido descartado em um mato perto do local do crime, segundo o delegado Henrique Damasceno, da Delegacia de Homicídios.