NIKE MONITORA CASO DE CURTIDAS DE FILHO DE TITE EM POST HOMOFÓBICO

Em nota empresa disse que repudia todo tipo de preconceito

Principal patrocinadora da seleção, a Nike disse que acompanha o caso do filho do técnico da seleção brasileira, Tite, o jovem Matheus Bachi, que curtiu algumas postagens preconceituosas em redes sociais. Membro da comissão técnica do time brasileiro, ele deu likes em textos e memes com transfobia, machismo e violência de gênero. A empresa afirma ser contra o preconceito.

Questionada a Nike se posicionou por meio de nota: "Estamos acompanhando de perto a situação. A Nike repudia veementemente toda e qualquer forma de discriminação ou preconceito.".

O filho de Tite apareceu como uma das pessoas que tinha curtido comentários no Instagram do jogador de vôlei Maurício Souza, que foi desligado do Minas Tênis acusado por post homofóbicos, tendo seu contrato com o time rescindido e o técnico da seleção brasileira de voleio, disse que não convocará mais o jogador. Buscas nos perfis seguidos por Matheus Bachi no Instagram é que revelam que ele dava likes em outros posts preconceituosos.

Há publicações do seguinte teor: imagem de comparação do personagem Blanka de "Street Fighter" a uma mulher feminista; legenda "ela recorreu e tomou pau de novo" em notícia sobre a absolvição de André de Camargo Aranha, acusado de estuprar Mariana Ferrer, imagem com o termo "Transformer" numa placa de banheiro supostamente para pessoas transsexuais, além de menções irônicas a figuras públicas, como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Tite deu uma declaração na entrevista de convocação da seleção condenando preconceito. A diretoria da CBF tem uma preocupação com o caso com o temor de que ele cresça e torne insustentável a situação do filho do técnico.

Bachi ainda não se posicionou sobre o caso. A CBF soltou a seguinte nota: "A CBF tomou conhecimento dos fatos e conversou diretamente com o funcionário citado, que reconheceu seu erro ao 'curtir' o post, pois não compartilha de tal opinião. A Confederação reforça seu compromisso com um futebol livre de qualquer preconceito ou discriminação. Por meio da campanha 'Todos Iguais', existente há quase uma década, defende um esporte solidário e que integre todas as cores, origens, crenças, gêneros ou condições físicas, utilizando como plataforma de divulgação suas competições e atividades da Seleção Brasileira."