LINDBERGH E INÊS PANDELÓ GARANTEM 9,5 MILHÕES PARA CASA DA MULHER BRASILEIRA QUE ATENDERÁ O SUL FLUMINENSE
- RJ
- 17 de abr.
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Município será o primeiro do interior do estado a contar com a estrutura

A ministra Cida Gonçalves assinou, nesta terça-feira (15), o contrato de repasse de recursos destinados à construção de duas Casas da Mulher Brasileira (CMB) no Rio de Janeiro, uma em São Cristóvão - na capital - e outra em Volta Redonda. As unidades receberão R$ 19 milhões e R$ 9,5 milhões, respectivamente, do governo federal para implementação.
O deputado Lindbergh Farias (PT) falou da importância da Casa da Mulher Brasileira -"A Casa da Mulher Brasileira é um farol de esperança e um centro vital para o acolhimento, proteção e empoderamento das mulheres, marcando um passo crucial na luta contra a violência de gênero no Brasil." pontou o deputado.
A ex-deputada e ex-prefeita de Barra Mansa Inês Pandeló que participou do esforço para conquista, comemorou "Essa obra representa um avanço significativo na proteção e no apoio às mulheres em situação de violência. Sua importância reside em centralizar, em um único espaço, diversos serviços essenciais, oferece um primeiro ponto de contato seguro e acolhedor para as mulheres que buscam ajuda, disponibiliza profissionais qualificados para oferecer suporte emocional e psicológico, auxiliando na superação do trauma, garante o registro de boletins de ocorrência e a investigação dos crimes de forma especializada e sensível, agiliza o processo judicial, assegurando o acesso à justiça e a aplicação das medidas protetivas, oferece assistência jurídica gratuita, garantindo o acesso à justiça para todas as mulheres, independentemente de sua condição financeira, contribui para a independência financeira das mulheres, oferecendo cursos profissionalizantes e outras formas de apoio. Permite ainda que as mulheres participem dos serviços e atividades oferecidos na Casa, sem se preocuparem com o cuidado dos filhos. A Casa da Mulher Brasileira, portanto, representa um esforço para romper o ciclo da violência, oferecendo um atendimento humanizado e integrado que visa garantir a segurança, a autonomia e a dignidade das mulheres." pontou.

Durante a cerimônia promovida no Salão Verde do Palácio Guanabara, a ministra destacou que as Casas em funcionamento realizam cerca de 1.500 atendimentos mensais e que as unidades têm salvado vidas e recuperado a esperança das mulheres amparadas. Ela destacou que a política de Estado é eficaz por ser composta por diversos órgãos atuando conjuntamente pela garantia do direito à vida das mulheres.
“A violência contra a mulher é uma pandemia: seis mulheres morrem todos os dias pelo fato de ser mulher. A cada seis minutos temos meninas e mulheres sendo violentadas sexualmente. Precisamos de CMB e de Centros de Referência da Mulher Brasileira em todo o país para dar capilaridade aos atendimentos. Para se ter uma ideia, entre janeiro e setembro do ano passado, tivemos 470 mil atendimentos nas Casas em funcionamento. É grandioso ver que a Casa da Mulher Brasileira traz resultados concretos. Agora precisamos que a sociedade também acredite e faça a denúncia ligando para o 190 ou 180”, enfatizou.
Segundo a secretária da Mulher do Rio de Janeiro, Heloisa Aguiar, as casas são de grande valor no enfrentamento à violência e no acolhimento humanizado. "O percurso para romper com o ciclo da violência muitas vezes é longo e desgastante. Com essas Casas, todo o atendimento será feito de forma mais ágil, segura e acolhedora”, destacou.
O equipamento, que faz parte do Programa Mulher Viver sem Violência, facilita o acesso a serviços especializados, como apoio psicossocial, delegacia e juizado, Ministério Público, Defensoria Pública e transporte, além de promover a autonomia econômica das mulheres e cuidado infantil.
A secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos de Volta Redonda, Glória Amorim, participou da cerimônia de assinatura o evento, realizado no Palácio das Laranjeiras – sede do governo estadual –, contou com a presença, entre outras autoridades, da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves; da secretária de Estado da Mulher, Heloisa Gonçalves; da delegada Juliana Montes, responsável pela Deam de Volta Redonda; do deputado estadual Munir Neto; da primeira-dama do Estado do Rio e presidente de honra do Rio Solidário, Analine Castro; e do coordenador e responsável pela Casa da Mulher Brasileira em Volta Redonda, Guilherme Nogueira de Brito.
A assinatura garante o repasse de recursos do governo federal ao governo estadual para a construção de duas unidades no estado do Rio. Além de Volta Redonda, que será a primeira cidade do interior do estado a receber uma Casa da Mulher, a capital fluminense também terá uma unidade, no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte. O investimento total será de R$ 28,5 milhões para a construção das duas Casas, cuja conclusão está prevista para agosto de 2026.
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